Na sexta-feira da semana passada, ocorreu em Leipzig, na Alemanha, um dos eventos mais esperados no calendário futebolístico do ano: o sorteio dos grupos da Copa do Mundo da Alemanha, que acontecerá no ano que vem entre junho e julho. A característica principal foi o equilíbrio entre os grupos, o que impossibilitou a existência de um verdadeiro “grupo da morte”. Apesar disso, ainda foram definidos alguns grupos difíceis, como os de Argentina, Itália, Inglaterra e até mesmo do Brasil, que pegou um grupo de adversários sem muita expressão, mas que podem causar muita dificuldade. A divisão das seleções em grupos terminou da seguinte forma:

Grupo A
Alemanha
Costa Rica
Polônia
Equador
Grupo B
Inglaterra
Paraguai
Trinidad e Tobago
Suécia
Grupo C
Argentina
Costa do Marfim
Sérvia e Montenegro
Holanda
Grupo D
México
Irã
Angola
Portugal
Grupo E
Itália
Gana
Estados Unidos
República Tcheca
Grupo F
Brasil
Croácia
Austrália
Japão
Grupo G
França
Suíça
Coréia do Sul
Togo
Grupo H
Espanha
Ucrânia
Tunísia
Arábia Saudita

 O grupo C pode ser considerado o “grupo da morte”; dele participam duas das seleções favoritas ao título (Argentina e Holanda), uma fortíssima seleção européia (Sérvia e Montenegro), e a seleção que tem tudo para ser a “surpresa africana” dessa copa, visto que é a melhor delas (Costa do Marfim). Quem terminou se dando bem no sorteio foram cinco seleções: México, Portugal, França, Espanha e Ucrânia. Todas pegaram grupos fáceis (em que no máximo duas são consideradas seleções de alto nível).

 Um dos grupos mais difíceis da Copa é o do Brasil. Apesar de parecer fácil, pelo pouco “nome” que têm as seleções adversárias, este grupo provavelmente vai trazer problemas para a seleção canarinha. Basta ver os últimos resultados contra estes mesmos times: o Brasil enfrentou a Croácia recentemente, suando para empatar em 1x1, num jogo realizado em Split, na Croácia. Conta a favor da seleção brasileira o fato de ter jogado sem Ronaldo e Ronaldinho, mas isso não tira o brilho da atuação croata. Contra o Japão, foi um duelo mais difícil ainda: em plena Copa das Confederações, o Brasil enfrentou a seleção japonesa e terminou empatando em 2x2, levando um enorme sufoco no final do jogo. A única incógnita que permanece é a Austrália, cuja seleção o Brasil enfrentou há oito anos, na final da Copa das Confederações de 1997, vencendo por 6x0.

 Apesar de todo o favoritismo das chamadas “grandes seleções”, como Brasil, França, Itália, Argentina, Inglaterra, entre outras, ainda há algumas seleções que podem surpreender, como sempre acontece em todas as copas – vide 1998 (Croácia), 2002 (Senegal, Coréia do Sul). Para essa Copa, as principais favoritas a zebra – apesar de ser impossível prever uma surpresa – parecem ser Costa do Marfim e outras que já nem podem mais ser consideradas como surpresa: Coréia do Sul, Japão, Ucrânia e quem sabe até a Croácia. Essas seleções têm boa parte de seus jogadores nos melhores campeonatos europeus, como a seleção da Costa do Marfim, que tem quase todos os seus jogadores atuando no futebol francês, e um dos maiores atacantes do mundo no momento: Didier Drogba, que atua pelo Chelsea.

 Agora que o sorteio já foi realizado, aumenta a expectativa para a competição mais importante do esporte mais popular do mundo. Tudo indica que teremos uma grande copa, com seleções de alto nível em sua maioria. A Copa tem tudo para ser um torneio altamente bem feito, devido ao excelente nível de organização característico dos germânicos – com uma ressalva feita às invasões de campo, costumeiras durante a Copa das Confederações. Com a disciplina dos alemães e, claro, com o talento da seleção canarinha, o maior torneio do mundo promete manter o nível de sempre, e corresponder a todos que esperaram quatro anos para assistir quarenta jogos de espetáculo.

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